Registro do Dia Mundial sem Carro – depoimentos

Gente, no Dia Mundial sem Carro, 22 de setembro, fui até a ciclovia da Bezerra de Menezes com o videomaker Ricardo Guilherme Lins e registramos alguns depoimentos de ciclistas que passaram por ali. Espero que você gostem do resultado!

Já conhecem o canal do De Bike na Cidade no You Tube? Então, não percam tempo e inscrevam-se! 🙂 Acho que vai rolar vlog de Recife, hein? E no Instagram também vai ter conteúdo com certeza! #MeSegueGeral #VemNeMim

Um abraço e vamos pedalar!

Bicicletários – North Shopping da Bezerra de Menezes

A resenha de hoje é sobre o local reservado às bicicletas no North Shopping da avenida Bezerra de Menezes. Vale ressaltar que trata-se de um estabelecimento comercial localizado na avenida onde fica uma das principais ciclovias da cidade e que tem um intenso fluxo de ciclistas.

O bicicletário é localizado próximo ao estacionamento dos carros e é cobrada uma taxa de R$ 1 pelo serviço, independente do tempo em que a bicicleta permaneça no local. Antes de ter acesso ao paraciclo, o ciclista passa por um funcionário do Shopping, que cola um selo numerado na bike e entrega um ticket, a ser validado depois no caixa.

Então, o ciclista se dirige até um corredor e ao entrar à esquerda se depara com isso:

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O caminho até o bicicletário é repleto de entulho, aparentemente restos ou reserva de materiais de construção. São canos, madeira, metal… Confesso que, enquanto caminhava por lá, a palavra “tétano” percorria minha mente com bastante insistência. E ao chegar ao local onde as bicicletas devem ser guardadas, um pouco mais à frente, vi que a coisa não melhora.

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Sim, trata-se de um paraciclo do tipo açougue, desses em que é preciso levantar a bicicleta e pendurá-la em ganchos. Além de não ser o modelo mais acessível e benéfico para a própria bicicleta, a estrutura é aparentemente velha, suja e enferrujada (tétano, tétano, tétano). E assim como o caminho a ser percorrido até a chegada no local, o ambiente também está repleto  de materiais de reforma.

Minha avaliação: É bem desagradável, como cliente que, inclusive, está pagando pelo serviço, ser conduzida até um ambiente assim. Ainda que o estacionamento para as bicicletas fosse gratuito, não é como quero ser tratada quando saio de casa, principalmente se estou pagando pela segurança e integridade da minha bicicleta.

Vantagens: O local é coberto e razoavelmente protegido do sol e chuva. Digo razoavelmente porque há um portão, trancado, que permite a entrada de luz e há horários em que a luz e calor do sol atingem as bicicletas. Inclusive dá para ver isso em algumas fotos. Não sei se quando chove há o risco de molhá-las, mas acredito que não. Inclusive porque há bastante madeira no ambiente e nenhum sinal de mofo, portanto, sem sinal de madeira molhada. #elementarmeucaroWatson

Outra vantagem é que para ter acesso ao local, é necessário passar pelo funcionário do Shopping e mostrar para ele o ticket pago. Nunca cheguei para buscar minha bicicleta e não encontrei o responsável na entrada. Assim, creio que ela realmente fica segura. Eu preferiria que o paraciclo não fosse tão isolado, pois creio que num descuido ficaria mais fácil furtar uma bike. Além disso, é meio sinistro ir até lá. Por via das dúvidas, sempre que deixo a bicicleta em qualquer local, tiro uma fotografia. Assim, tenho como provar onde deixei meu amado veículo, e até mostrar para a polícia se for necessário. #ficadica

Posicionamento

Entrei em contato com a assessoria de comunicação do North Shopping e abordei os pontos levantados neste post. Por email, a empresa respondeu que:

“O bicicletário é provisório, pois algumas intervenções estão acontecendo no Shopping. Mesmo sendo provisório, já foi sinalizado a melhoria para o espaço para um atendimento mais adequado aos nossos clientes. Existe um projeto padrão de revitalização do espaço que será implantado”.

Maiores detalhes sobre essa revitalização, padrão ou prazo para que ela seja realizada, não foram revelados, mas eles ficaram de me avisar quando houver mais novidades. Quanto ao valor cobrado pelo serviço, segundo as informações, é um “custo simbólico para manutenção do controle de acesso e pagamento do seguro”.

Eu vou esperar ansiosa por essas mudanças e quando acontecerem, mostrarei aqui no blog para vocês, é claro! E, como sempre, agradeço pela disponibilidade da empresa em conversar comigo e expôr seu ponto de vista.

Um abraço e vamos pedalar!

Vi de bike – Paulo Barroso

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Oi, oi, oi 🙂 Mais um ciclista urbano aqui de Fortaleza que topou parar para uma fotinha e um papo rápido. Este é o Paulo Barroso, 26, que é estudante de música da UFC e que eu encontrei quando ele ia para a aula. A conversa foi bem rapidinha, porque nos encontramos na Bezerra de Menezes em pleno horário de pico. Essa região atualmente tem muito tapume (por causa de obras da Prefeitura) e pouca árvore (por causa de obras da Prefeitura), então estava um trânsito e um calor do inferno.

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Óculos escuros são super importantes para proteger a visão

Em nossa rápida conversa, Paulo me contou que ele utiliza a bike todos os dias e percorre trajetos de casa para faculdade, trabalho e ensaios da banda. Pena que esqueci de perguntar o nome da banda dele (calor fritando os miolos da blogueira), mas vai que o Paulo passa aqui no blog e nos conta por comentários, né? Se você aí o conhece, favor compartilhar o post 😉

 

Um abraço e vamos pedalar!

Vi de bike – Artur e Arturzinho

Fim de semana é bom demais para sair de bicicleta, seja para ver amigos, se exercitar, pegar um cinema ou tudo junto e misturado. Como as ruas estão mais tranquilas, há menos carros e barulho, o que torna o passeio ainda mais prazeroso.

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O flagra de hoje foi, mais uma vez, na ciclovia da avenida Bezerra de Menezes. Num belo feriado, Artur e Artuzinho, pai e filho, aproveitaram a folga e a calmaria para dar uma boa pedalada. Espero que sirva de inspiração e que muitos passeios sejam marcados para este fim de semana. 🙂

 

Um abraço e vamos pedalar!

Vi de Bike – Clívia, com “C”

 

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O look cycle chic de hoje é de um flagrante em plena ciclovia da Bezerra. Estava passando por lá no fim de tarde, horário cheio de bicicletas por causa do pessoal que volta do trabalho. Aí me deparei com esta ciclista esbanjando charme e elegância. Achei o visual impecável, principalmente pela blusa branca aparentemente super confortável. Ela diz: “olhe pra mim! Pedalo pela cidade sem  transpirar e isso é tão natural”!

 

Devido ao barulho do trânsito, a gente mal se ouvia. Mas ela entendeu que eu queria a foto e parou.

– Sua roupa tá linda! E qual é o seu nome?

Buzina buzina carro passando… ívia!

– Como?

Mais carro, mais motor… Ívia!!

– Ah, Lívia?

– Não, com “C”! Buzina

– Ah, Lícia?

– Não! CLÍVIA! Com “C”!

 

E foi assim que conheci Clívia, com “C”, estudante de Engenharia Civil da UFC, 27 anos.

 

Um abraço e vamos pedalar!

 

Engarrafou

Num post publicado anteriormente, a respeito dos obstáculos da ciclovia da Bezerra de Menezes, falei sobre o fato de que em vários pontos a largura da ciclovia diminui, e é impossível passar dois ciclistas lado a lado. Um comentário no post (comentem mais, gente! Fico muito feliz quando isso acontece ^^) lembrou sobre a interação entre os ciclistas nesses pontos, pois sempre rola um “pode passar” e um agradecimento pela gentileza.

Uma regra meio subjetiva que adotei para essa situação foi sempre parar quando estou na contra mão e quando o ciclista que vem em sentido contrário está carregando peso. Mas confesso que não sou muito sortuda. Quando o ciclista vem sem peso nenhum ou está prestes a entrar na contra mão, ele nem sempre para, e geralmente há dúvida sobre quem vai passar. É até comum ninguém dar a vez e ambos os ciclistas passarem e ficarem com cara de bobo, de frente um para o outro.

Certa vez cheguei num desses pontos e fiquei na dúvida se passaria ou não. Atrás de mim havia algumas bicicletas, e na minha frente, vindo em minha direção, uma fila com uns quatro ciclistas. Vi nos olhos do primeiro que ele também estava indeciso. Acabamos parando os dois, com nossas respectivas filas atrás de nós parando também. Depois de alguns segundos em silêncio, nos entreolhamos e todos caímos na risada com a situação.

Foi tanta gentileza que engarrafou.

Um abraço e vamos pedalar!

Causos e percalços da ciclovia da Bezerra de Menezes

Seria cômico se não fosse trágico. Isso define bem a ciclovia da Bezerra de Menezes.

Há trechos que não fazem o menor sentido. A largura da via exclusiva para bicicletas varia o tempo todo, e mesmo quando a calçada é larga as pessoas adoram passear e fazer caminhada bem no meio da via pintada de vermelho. Isso quando não resolvem atravessar a avenida numa corrida só,  cruzando a ciclovia sem olhar para os lados. E haja susto, freio e trim-trim nessa hora.

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A ciclovia passa em frente a uma das sedes do Detran, o que não impede que motoristas façam retornos proibidos aproveitando o sinal verde para as bikes. O espaço também se tornou um ótimo atalho para motociclistas.

Outro detalhe: tem uma porção de árvores bem no meio ou espalhadas pela largura do espaço que deveria ser para os ciclistas, transformando a pedalada numa partida de pitfal.

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Não me leve a mal. Sou a favor das árvores e acho que nunca passei por um contexto onde achasse que uma devesse ser derrubada.  Passar por suas sombras inclusive proporciona uma refrescância maravilhosa, além de ser uma delícia ouvir o som dos pássaros que chegam com galhinhos no bico para fazer seus ninhos.

Não quero que cortem as árvores da Bezerra. Gostaria é que a ciclovia comportasse a elas e aos ciclistas em harmonia. Fortaleza precisa de árvores e de fortalezenses embaixo delas.

Quanto aos caminhantes, seria bom que entendessem que é preciso ocupar calçadas.  Nos trechos em que elas são estreitas demais, que ao menos tivessem atenção. Já onde a calçada é ampla, não há justificativa para passear pelo pavimento vermelho.

Mas parece que falta praça e falta árvore nessa cidade. E a situação das calçadas também não é boa. Aí quando as pessoas veem algum espaço assim, protegido dos carros e ainda por cima arborizado, acabam por não se conter. Se por um lado há irritação,  por outro dá alegria ver a disposição de quem sai detrás das grades para fazer exercícios ao ar livre.

O jeito é continuar no trim-trim e torcer por melhorias.

Um abraço e vamos pedalar!