Num post publicado anteriormente, a respeito dos obstáculos da ciclovia da Bezerra de Menezes, falei sobre o fato de que em vários pontos a largura da ciclovia diminui, e é impossível passar dois ciclistas lado a lado. Um comentário no post (comentem mais, gente! Fico muito feliz quando isso acontece ^^) lembrou sobre a interação entre os ciclistas nesses pontos, pois sempre rola um “pode passar” e um agradecimento pela gentileza.
Uma regra meio subjetiva que adotei para essa situação foi sempre parar quando estou na contra mão e quando o ciclista que vem em sentido contrário está carregando peso. Mas confesso que não sou muito sortuda. Quando o ciclista vem sem peso nenhum ou está prestes a entrar na contra mão, ele nem sempre para, e geralmente há dúvida sobre quem vai passar. É até comum ninguém dar a vez e ambos os ciclistas passarem e ficarem com cara de bobo, de frente um para o outro.
Certa vez cheguei num desses pontos e fiquei na dúvida se passaria ou não. Atrás de mim havia algumas bicicletas, e na minha frente, vindo em minha direção, uma fila com uns quatro ciclistas. Vi nos olhos do primeiro que ele também estava indeciso. Acabamos parando os dois, com nossas respectivas filas atrás de nós parando também. Depois de alguns segundos em silêncio, nos entreolhamos e todos caímos na risada com a situação.
Foi tanta gentileza que engarrafou.
Um abraço e vamos pedalar!